terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A Seta e o Alvo (Paulinho Moska)

Eu falo de amor à vida, você de medo da morte


Eu falo da força do acaso e você, de azar ou sorte


Eu ando num labirinto e você, numa estrada em linha reta


Te chamo pra festa mas você só quer atingir sua meta






Sua meta é a seta no alvo


Mas o alvo, na certa não te espera






Eu olho pro infinito e você, de óculos escuros


Eu digo: "Te amo" e você só acredita quando eu juro


Eu lanço minha alma no espaço, você pisa os pés na terra.


Eu experimento o futuro e você só lamenta não ser o que era


E o que era ?

Era a seta no alvo


Mas o alvo, na certa não te espera






Eu grito por liberdade, você deixa a porta se fechar


Eu quero saber a verdade, e você se preocupa em não se machucar


Eu corro todos os riscos, você diz que não tem mais vontade


Eu me ofereço inteiro, e você se satisfaz com metade






É a meta de uma seta no alvo


Mas o alvo, na certa não te espera






Então me diz qual é a graça


De já saber o fim da estrada


Quando se parte rumo ao nada ?






Sempre a meta de uma seta no alvo


Mas o alvo, na certa não te espera






Então me diz qual é a graça


De já saber o fim da estrada


Quando se parte rumo ao nada...

Nenhum comentário:

Postar um comentário